sexta-feira, 21 de abril de 2017

ÌYÀMÌ ÒSÒRÓNGÀ - "As Feiticeiras Poderosas dos Pássaros da Noite"

Ìyàmì Òsòróngà - As Feiticeiras poderosas. 
A senhora do pássaro da noite



Conhecidas por Ìyàmì, são seres muito antigos da mitologia africana. Segundo as lendas, foi graças a uma oferenda feita pela mãe de Ode à elas, que ele conseguiu matar com sua única flecha, um pavoroso pássaro que assombrava determinado reino.




Sua forma mais antiga e mais temida é Òsorongà, antiga feiticeira, que da mesma forma que suas irmãs, ABOTÔ, e AIÁ, possuem cabeça, pés e asas de pássaro, e corpo de mulher. Moram nas maiores profundezas dos recantos das matas em cima de árvores. Jamais se socializam, não suportam que as chamemos em vão, a não ser se desejamos guerrear contra alguém.

São mães de Egún, e as Òsúns mais antigas que existem. O certo é que não devemos pronunciar seus nomes sem um motivo justo ou mesmo proferirmos seu Òrókí, palavras litúrgicas, sagradas, que tem o poder de invocá-las independente do local que estejamos.
Também não devemos pronunciar seus nomes, próximos de alguns elementos da natureza, como a terra vermelha, por exemplo. Outro fator importante, é que antes de solicitarmos algum favor delas, devemos estar muito ciente do que pedimos, pois que não poderemos mais tarde nos arrepender e voltarmos atrás.

Zeladores mais antigos ensinavam que não se deviam cultuar esses seres em residências onde houvesse crianças. Muitos deles tinham verdadeiro pavor até mesmo em proferir seus nomes. Isso era tabu. Seu culto sempre foi um dos mais secretos no Candomblé e sua cerimônia de padê, somente é presenciado pelos iniciados na casa e assim mesmo, que tenham certo tempo de feitos. Um abiã, (iniciando), um cliente, jamais presencia esta cerimônia.

 Muitos acreditam que sem a preparação do encantamento do Òrìsá em nossas cabeças, elas podem até mesmo nos matar. São seres de poder imenso e, que uma vez invocados nada nem ninguém poderá subjugá-las. Em sua cerimônia de padê, geralmente as mulheres é que participam, assim mesmo, dependendo da qualidade de seu santo.

Uma pessoa de Òsàlá, por exemplo, participa da cerimônia, mas tão somente como observador e não como parte ativa. Suas oferendas são entregues em primeiro lugar, para depois então agradarmos as demais entidades, antes de iniciarmos os festejos de um terreiro de Candomblé.
O que se sabe, elas não possuem filhos, ou seja, não se raspa uma pessoa para Ìyàmì, se por ventura existe alguém que seja seu filho, é necessário que o sacerdote recorra a Ifá, e se aconselhe sobre qual santo deve ser encantado, dado que não é qualquer outro santo que pode ser feito em seu lugar.

Somente algumas qualidades poderiam substituir as mesmas. Se precisarmos de um favor delas, devemos nos preparar muito antes, afinal é seres muito antigos, desconhecem muitas coisas, porém, conhecem segredos que jamais poderíamos imaginar que existem. Quando provocadas, causam terrores inimagináveis na vida de quem às provocou.
Antigos zeladores, elas seriam as Bruxas do Candomblé, e como tais, com muito conhecimento tanto para o bem como para o mal. Dado a isso, esses antigos sacerdotes sempre buscavam alternativas diversas antes de invocarem seus nomes e sua presença. Também nos ensinavam que: uma pessoa, sem o devido preparo e conhecimento necessário, jamais deve se atrever a invocar essas poderosas feiticeiras.


Para as Senhoras dos Pássaros da Noite quando se pronuncia o nome de Ìyàmì Òsòróngá, quem estiver sentado deve levantar, quem estiver de pé fará uma reverência, pois se trata de temível Òrìsá, a quem se deve apreço e encantamento. ((texto de Rita de Cássia) Pesquisados entre os livros, Jorge Amado) Huilhan Bascom. Ìyàmì ÒSÒRÒNGÀ é a síntese do poder feminino, claramente manifesto na possibilidade de gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o mundo.

Quando os Yorùbás dizem “nossas mães queridas” para se referirem às Ìyá Mi, tentam, na verdade, apaziguar os poderes terríveis dessa entidade. Donas de um àse tão poderoso quanto o de qualquer Òrìsá, as Ìyàmì tiveram seu culto difundido por sociedades secretas de mulheres e são as grandes homenageadas do famoso festival Gèlèdè, na Nigéria, realizado entre os meses de março e maio, que antecedem o início das chuvas do país, remetendo imediatamente para um culto relacionado à fertilidade. Poder procriador tornou-se conhecidas como às senhoras dos pássaros e sua fama de grandes feiticeiras as associou à escuridão da noite; por isso também são chamadas de Eleyé e as Corujas são seus maiores símbolos.



A sua relação mais evidente é com o poder genital feminino, que é o aspecto que mais aproxima a mulher da natureza, ou seja, dos acontecimentos que fogem à explicação e ao controle humano. Toda mulher é poderosa porque guarda um pouco da essência das Ìyàmì; a capacidade de gerar filhos, expressa nos órgãos genitais femininos, sempre assustou os homens e as cantigas entoadas durante o festival Gèlèdè fazem alusão a esse terrível poder que não pertence apenas às Ìyàmì, mas a qualquer mulher Mãe destruidora, hoje te glorifico:

"O velho pássaro não se aqueceu no fogo. O velho pássaro doente não se aqueceu ao sol. Algo secreto foi escondido na casa da Mãe. Honras à minha Mãe! Mãe cuja vagina atemoriza a todas as Mães cujos pêlos púbicos se enroscam em nós. Mãe que arma uma cilada arma uma cilada. Mãe que tem potes de comida em casa."

As mães são compreendidas como a origem da humanidade e seu grande poder reside na decisão que tomar sobre a vida de seus filhos. É a mãe que decide se o filho deve ou não nascer e, quando ele nascer, ainda decide se ele deve viver.

A mulher, especialmente nas sociedades antigas, tinha inúmeros recursos para interromper uma gravidez. E, até os primeiros anos de vida, uma criança depende totalmente de sua mãe; se faltarem seus cuidados a criança não vinga. Em síntese, todo ser humano deve a vida a uma mulher. Se todas as mulheres juntas decidissem não mais engravidar, a humanidade estaria fadada a desaparecer. Esse é o poder de Ìyàmì: mostrar que todas as mulheres juntas decidem sobre o destino dos homens. Mãe todo-poderosa, mãe do pássaro da noite.

Grande mãe com quem não ousamos coabitar Grande mãe cujo corpo não ousa olhar. Mãe de belezas secretas que esvazia a taça. Que fala grosso como homem, Grande, muito grande, no topo da árvore Iroko, Mãe que sobe alto e olha para a terra Mãe que mata o marido, mas dele tem pena. Ìyá Mi é a sacralização da figura materna, por isso seu culto é envolvido por tantos tabus. Seu grande poder se deve ao fato de guardar o segredo da criação. Tudo que é redondo remete ao ventre e, por conseqüência, as Ìyámì.

O poder das grandes mães é expresso entre os Òrìsás por Òsún, Yemonjá e Nanã Burukun, mas o poder de Ìyàmì é manifesto em toda mulher, que, não por acaso, em quase todas as culturas, é considerada tabu. As denominações de Ìyàmì expressam suas características terríveis e mais perigosas e por essa razão seus nomes nunca devem ser pronunciados; mas quando se disser um de seus nomes, todos devem fazer reverencias especiais para aplacar a ira das grandes Mães e, principalmente, para afugentar a morte.

As feiticeiras mais temidas entre os Yorùbás e nos candomblés do Brasil são as Àjé e, para referir-se à elas sem correr nenhum risco, diga apenas Eleyé, Dona do Pássaro. O aspecto mais aterrador das Ìyàmì e o seu principal nome, com o qual se tornou conhecida nos terreiros, é Osorongá, uma bruxa terrível que se transforma no pássaro de mesmo nome e rompe a escuridão da noite com seu grito assustador. As Ìyàmì são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da vida é a morte.

Quando devidamente cultuadas, manifestam-se apenas em seu aspecto benfazejo, é o grande ventre que povoa o mundo. Não podem, porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo tipo de maldição e tornam-se senhoras da morte. O lado bom de Ìyàmì é expresso em divindades de grande fundamento, como Apàökan, a dona da Jaqueira, a verdadeira mãe de Òssóssí Dizem que o deus caçador encontrou mel aos pés da jaqueira e em torno dessa árvore formou-se a cidade de Ketú.



Os assentamentos de Ìyàmì ficam juntos as grandes árvores como a Jaqueira e geralmente são enterrados, mostrando a sua relação com os ancestrais, sendo também uma nítida representação do ventre. As Ìyàmì, juntamente com Èsú e os ancestrais. É evocado nos ritos de Ipadé, um complexo ritual que, entre outras coisas, ratifica a grande realidade do poder feminino na hierarquia do Candomblé, denotando que as grandes mães é que detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem à vida, integrarão o corpo das Ìyàmì, que são, na verdade, as mulheres ancestrais. A grande mãe feiticeira.


O grande segredo de todas as nações que envolvem Òrìsá, sabedoria encantamento. Aprendam sobre a grande mãe só assim começaram a entender os grandes mistérios que envolvem o candomblé, a magia que encanta o feitiço que apavora a realidade de cada ser humano espelhados no mistério das Ìyàmì.

Assentamento de Ìyàmì não é feito individual (para uma determinada pessoa) e sim para uma coletividade e só quem pode cuidar deste assentamento são mulheres, não se raspa ninguém para Ìyàmì a qual não se manifesta em nenhuma pessoa, a não ser que essa pessoa seja escolhida exclusivamente para seu trabalho, onde tentará monopolizar a mulher a qual está sendo manifestada.  Ìyàmì pertence à Nação Ketú e a mais nenhuma Nação.


IYAMI OXORONGA
Cultuadas na tradição do Candomblé, podendo ser reverenciada na Umbanda, desde que com todos os cuidados que a antiga entidade exige.








terça-feira, 29 de novembro de 2016

História / Lenda de Pombo Gira Maria Mulambo


História / Lenda: Pombo-Gira Maria Mulambo

     A Pombo Gira Maria Mulambo apresenta-se quase sempre muito bela, feminina, amável, deslumbrante, sedutora. Ela gosta das bebidas suaves como: Vinhos doces, licores, cidra, champanhe, anis, etc. Pombo Gira Maria Mulambo gosta também: cigarros e cigarrilhas de boa qualidade, assim como também lhe atrai o luxo, o brilho e o destaque. Usa sempre muitos colares, anéis, brincos, pulseiras, etc.

     Conta-se que a história de Maria Mulambo que essa Pombo Gira nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pai e mãe não eram Reis, mas faziam parte da corte no pequeno reinado. Maria Mulambo cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não era. Maria Mulambo aos seus 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos. 
     Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os anos se passavam e Maria Mulambo não engravidava. O reino precisava de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.
     Parcialmente a isso tudo, a nossa Maria Mulambo era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e mais necessitados. 
     Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor. O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria Mulambo declarada rainha daquele pequeno país.
     Todo o povo adorava Maria Mulambo, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria Mulambo por não poder engravidar. No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria Mulambo, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria.
     Bastava ele beber um pouquinho e Maria Mulambo sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés. Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor. Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família. Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás.
     O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu. Maria Mulambo agora não se vestia com luxo e riquezas,agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou. A notícia correu todo país e chegou aos ouvidos do rei.
     O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra. Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo.
     Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio. O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora d’água. Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria Mulambo; e o encontrou.
     Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos com que Maria Mulambo foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias cobriam seu corpo. 
     Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimonia digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei enlouqueceu. Seu amado nunca mais se casou, cultuando-a por toda a vida, à espera de poder encontrá-la de novo. 
     À espera de poder reencontrar sua Maria. No dia em que ele morreu e reencontrou Maria Mulambo, o céu se fez do azul mais límpido e teve início a primavera.

Assim termina a Lenda de Maria Mulambo um Pombo Gira muito reverenciada.

Fonte:  http://www.juntosnocandomble.com.br/2009/09/pomba-gira-maria-mulambo.html


Maria Mulambo do Cemitério


Maria Mulambo do Cemitério

     É uma guardiã linda, faceira, brincalhona e jovem. Sempre disposta a ajudar aqueles que a procuram e precisam. Adora beber, fumar e conversar. Contudo, ela sabe a hora de falar sério. Nunca prometa a ela o que você não poderá cumprir; se você desdenhar do que ela pede ou achar pouco, ela não lhe ajudará.
     Dizem que o amor de sua vida é o exu Veludo, sempre dançando com ele quando há uma oportunidade.
MARIA MULAMBO é mulambo só no nome; claro que nada foi em vão, passou por muitas provações quando encarnada, por isso o nome que tem. Algumas pessoas defendem a ideia de que em uma das encarnações de MARIA MULAMBO DA PORTA DO CEMITÉRIO ela teria sido a BRUXA EVÓRA; por isso um de seus nomes é POMBAGIRA BRUXA ÉVORA.
     Gosta do luxo, mas de maneira moderada. Sua cor preferida, para suas roupas, é roxa. Gosta um pouco do vermelho, somente se este vier junto do preto.
     Quem trabalha com MARIA MULAMBO DA PORTA DO CEMITÉRIO, diz que é fácil agradá-la, principalmente se o agrado for feito de coração e com simpatia.
     POMBA GIRA BRUXA ÉVORA obedece a todas yabás (Orixás femininos). Uma entidade pouco conhecida e que tem muitos mistérios à sua volta. Quase não se ouve falar nela. Trabalha com todo tipo de magia e encantamentos para todos os fins. Apresenta-se como quer – hora uma senhora, hora uma dama, hora uma moça bonita e faceira... Por trabalhar para todas as yabás não tem um estereótipo muito definido. Gosta de champanhe e cigarrilhas.
     Esta guardiã pertence ao Povo da Lomba da Calunga, o qual faz parte do Reino da Calunga Pequena (Cemitério): governado pelo exu Rei das Sete Calungas ou Calungas e Pombagira Rainha das Sete Calungas. Esses exus também são chamados pelo nome de Rei e Rainha dos Cemitérios. Geralmente quando se diz "calunga" nas giras de Quimbanda é para nomear ao cemitério. Trabalham neste reino todos os exus que moram dentro dos cemitérios. – O Povo da Lomba da Calunga é chefiado pelo exu Corcunda.
     OBS: Lomba é a porta do cemitério. Exus que trabalham neste local estão ligados à energia do Orixá Omolú e do exu Omolú, guardião das portas dos cemitérios. Os cemitérios físicos podem não possuir ladeiras ou lugares altos, porém a visão das entidades é outra; a Lomba é um ponto, uma elevação de força astral da Calunga.
     Como toda pomba gira do Calunga, suas oferendas devem ser feitas, preferencialmente, no Cemitério. Neste caso, podem ser arridas na porta – local de entrada. 

“Sou uma pomba gira que vem DA LOMBA DO CEMITÉRIO para trabalhar. Não dou chances para os inimigos, pois carrego uma boa vassoura mágica, que varre o mal e limpa os caminhos para vir o bem... Por carregar sempre em minhas mãos uma vassoura, sou uma bruxa também, cujo nome é BRUXA DE ÉVORA, a qual trabalha juntamente com a Bruxa de Évora das trevas...”.

♪  Mulambo, sua vassoura tem feitiço
Mulambo, seu feitiço é um mistério
Mora na porta da Lomba e gira no Cemitério...
O lixo pra vocês é uma pobreza
O lixo pra ela é uma riqueza
Quem quiser lhe encontrar
Vá no lixo com a vela acesa...
♫ QUANDO PASSAR NA PORTA DO CEMITÉRIO MOÇO
Ô NÃO ESQUEÇA DE OLHAR PRA TRÁS
VOCÊ VAI VER UMA MOÇA DE PRETO MOÇO
ELA É MARIA, MARIA, MARIÁ
ELA É MARIA, MARIA, MARIÁ
ELA É MARIA, MARIA MULAMBO MARIÁ.
♪ Quem mora na porta da Lomba
É a pomba gira Mulambê
Exu que mora na porta da Lomba
É a pomba gira Mulambê
Peça licença a exu Olodé
Viemos coroar pomba gira Mulambê
♫ Quem mora na ponta da Lomba,
É a pomba-gira Mulambê,
Ô da licença Obaluaiê,
Queremos coroar pomba-gira Mulambê
Olha a Mulambê, Mulambê
Olha a Mulambê, Mulambê





Fonte:  http://umbandacandombleespiritismo.blogspot.com.br/2016/04/maria-mulambo-do-cemiterio.html